quinta-feira, 17 de março de 2011

Escolhas




O que não podemos é não fazê-las. Certas ou incertas qualquer uma é válida se feita com responsabilidade e maturidade. Todos os dias um bombardeio de opções, escolher é preciso, tecer uma teia de experiências – viver. Então, me deixe sim. Me deixe jogar fora a tristeza e mudar tudo aquilo que não me faz sorrir. Me deixe entrar, mudar os móveis de lugar, limpar a bagunça. Me deixe esquecer as rudes palavras mofadas, que insistem em permanecer escritas nas minhas páginas amassadas. Me deixe andar na chuva e molhar as minhas rugas, crescidas como grama regada, e gota a gota lavar a minha alma ávida por uma nova cor. Me deixe caminhar meio aos escombros e vazios, buscando alegria e esperança que suplicam por palavras doces, soletram versos e poetizam o coração. Me deixe de novo sorrir, me deixa de novo amar, me deixe de novo amanhecer, me deixe escolher de novo, o novo, o velho ou mesmo aquilo que não se pode escolher, mais me deixe, mesmo que só mais uma vez. (AD)





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