quarta-feira, 11 de maio de 2011

Só o tempo...





Um tédio,
uma vida blasé,
idas e vindas,
inconstâncias do coração.

Ontem acordei verão,
hoje neva, faz frio,
amanhã floresce o jardim,
brotam rosa, margarida e jasmim.

Chega o outono,
permanecem as 'normalidades'
a vida continua crua,
nada mudou.

Muitos sonhos ao vento,
muitas causas para abraçar,
semear sorrisos,
colher prantos.

Vai inverno, vêm verão,
no pular das estações,
rega o choro
brota o coração.
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Imagem:Dis­torted Grav­ity — Upside down world by pho­tog­ra­pher Anka Zhu­ravl­eva

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Mais uma vez inspirado com suas inquietudes. E feliz pela belíssima poesia voltar a aparecer! Volto a fazer uma contribuição ao meu blog favorito...
    **

    AMAR...
    Sintetizado em temores, anseios, juras de uma primavera eterna.
    Logo vem os sonhos regados com risos e beijos ardentes como uma tarde de verão.
    Segue-se... desgovernando confundindo tudo, sem saber quem é quem.
    Dor! Sem remédio...
    Pranto seguido de tédio.
    Por fim... nada mais!

    O que nos resta?

    Com um coração banhado pelas lágrimas e fertilizado de esperança voltar a amar...
    Amar sim, mas a SI próprio!

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  3. LINDO!! Adoro suas contribuições Max. Sei que estive ausente nos últimos dias...a inspiração tem vagado em outros jardins. Cabeça a mil e pouco tempo pra leitura :(
    Mais já já as coisas se normalizam. Fase, fase fase... nela entramos, dela saimos, buscando sempre o melhor aprendizado que nos leve a busca do 'amor próprio'. Só ele nos faz viver melhor. Se não nos amarmos em primeiro lugar, quem irá nos amar?
    Beijoss meu leitor #1

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