sexta-feira, 1 de abril de 2011

Solfejo sentimental






Pautei meus sentimentos na partitura da vida. Vivendo dentro do tempo e do compasso, máximas tristezas, longos desalentos, breves alegrias, mínimos sorrisos e muitas pausas, uma valsa silenciosa que rege meu dia a dia. Quando isso acontece, aposento a guitarra, compro um piano, mudo o timbre de voz dos meus pensamentos e aumento a intensidade em sol.. Um dobrado sustenido me desloca um tom acima dos acidentes presentes, refaço minhas partituras. Vou do rock ao clássico sem pestanejar. Meio as tablaturas mais singelas, coloco meus dedos, nas feridas da minha alma e dedilho acordes em dó, ré, mi sempre em tom maior. Feito isso, me vejo como clave de sol, pronta para apresentar meu sentimento mais bonito, o amor. Agudo, intenso, o mais soprano que pude encontrar. Volto ao Tempo primo? Não. Um Tempo rubato será melhor, não quero mais sofrer. (AD)


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